terça-feira, 25 de outubro de 2011


BAIXA IDADE MÉDIA II – RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO


Ø O chamado Renascimento Comercial e Urbano se insere dentro do mesmo contexto das Cruzadas, isto é, ajuda a impulsionar esse movimento e é impulsionado por elas. Com o aumento da população, as novas técnicas de cultivo, aumento da produção, incorporação de novas terras, havia maior riqueza. Essa riqueza precisava circular, daí a intensificação do comércio. Ao mesmo tempo, com o aumento da população, as aglomerações urbanas puderam crescer. Havia um ditado da época que ilustra bem a questão “A cidade tem cheiro de liberdade”.

Ø Não se pode acreditar entretanto que as cidades tenham desaparecido durante a Alta Idade Média. No Mediterrâneo, apesar do que o livro de vocês coloca, a dinâmica comercial prosseguiu, e algumas antigas cidades continuaram a seguir com seus negócios. No interior da Europa, muitas cidades romanas desapareceram ou se tornaram pequenos centros em torno de um palácio de um senhor, de um centro de peregrinação ou de um forte.

Ø O que se dá a partir do século XI é um crescimento das cidades pré-existentes e um surgimento antes nunca visto de centros urbanos. Muitos servos, que agora tinham acesso menos raro ao dinheiro, compravam a sua liberdade, outros fugiam, pois em alguns lugares se alguém conseguisse viver um ano e um dia em uma cidade seria considerado homem livre. Mesmo assim, é preciso lembrar, a maioria absoluta da população continuava no campo.

Ø As Feiras: Eram eventos regionais ou internacionais que ocorriam em entroncamentos de rotas de comércio e encruzilhadas de estradas. Poderiam ocorrer semestralmente ou anualmente. Muitos senhores e reis passaram a incentivar esses eventos dada a sua lucratividade.

Ø As Corporações de Ofício: Eram associações de profissionais de uma mesma categoria – tecelões, vidreiros, carpinteiros, ferreiros, etc – que regulavam as atividades, fiscalizavam a qualidade dos produtos, concediam o status de mestre e proibiam a concorrência entre seus associados. Os mestres, isto é, os artesãos donos das oficinas, dirigiam essas associações. No trabalho artesanal também estavam envolvidos: oficiais – que eram os ajudantes do mestre, os aprendizes – que pagavam para aprender o ofício e poderiam um dia chegar a mestres, e os jornaleiros – que ganhavam salários para fazer diversos trabalhos. As mulheres também podiam ser mestres e a maioria das corporações medievais as aceitava, seja por sua profissão ou pelo direito de viúva. As Guildas também eram organizações de artesãos que defendiam os interesses dos associados e promoviam ajuda mútua.

Ø As Liga Hanseática: Associação alemã de comerciantes, da qual faziam parte membros da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, que visava ampliar o comércio no Norte da Europa. Dominavam as regiões do Mar do Norte e Báltico.

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